sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Mulheres acima dos 30 – As presas mais difíceis


Em conversa com várias amigas do coração [onde é que anda o bonequinho piroso?], concluí que, no maravilhoso mundo das relações amorosas, as mulheres na faixa etária dos “30as” são as “presas” mais difíceis de agarrar. Esta minha perspicaz e espetacular conclusão [especulação] advém do facto de, passadas [mais de] três décadas de vida, já praticamente toda a gente se tornou independente e ganhou um sem número de hábitos, barreiras, e manias difíceis de alterar. Já dizia o outro: “O Hábito é uma segunda natureza”. Além do mais, à medida que o tempo passa, as defesas emocionais vão aumentando. Já todas nós tivemos mais desgostos do que queríamos e embarcamos em mais banhadas do que devíamos, pelo que não nos deixamos impressionar facilmente. O tempo de acreditar no “Príncipe Encanto” e na “Alegre Casa na Pradaria” já [quase que] passou. Por outro lado, ainda não temos medo de ficar velhas e sozinhas. Ou, se temos, não admitimos. Assim sendo, estamos mais empenhadas em manter os trastes à distância do que em encontrar alguém capaz. Não queremos abdicar da vida concebida, na medida perfeita, para “um grupo de um”. Não queremos deixar de viajar, de sair à noite, de jantar com os amigos. Não queremos abdicar do ginásio, das idas às compras, dos momentos fúteis, em função de um marmanjo qualquer, correndo o risco de voltar a falhar. Em nossas casas, o closet já está a abarrotar. Não há espaço para boxers e peúgas. Nem uma gaveta. Um dia, certamente, vamo-nos arrepender destas opções. De não termos arranjado um filho, um marido, um companheiro. Mas, às vezes, simplesmente “it's not meant to be”. E mais vale aceitar, tranquilamente, este facto, do que andar a aturar merdas de um palhaço qualquer só para não estarmos sozinhas. Aos trinta, este ponto de vista reúne algum consenso. Questiono-me se aos quarenta continuará a ser assim. 

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