sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Lobo e a Parola da Terrinha

O Blog do Lobo não recebe só comentários imbecis. Felizmente, e como podem ler ao longo dos posts, também existem observações simpáticas, com sugestões construtivas, e, sobretudo: não insultuosas. No entanto, continuo a receber algumas pouco educadas. Às vezes tenho dificuldade em entender como é que se consegue destilar tanto veneno por alguém que não se conhece e que nem sequer é figura pública. Ultimamente uma das tónicas mais recorrentes tem sido chamarem-me “Parola da Terrinha”. E sabem porquê? Porque já perceberam que não vivo em Lisboa, a grande capital deste falido Império. Isso sim, é ser cosmopolita e “moderno”. Acho curioso que estas pessoas tenham um universo tão limitado. Se acreditam que a civilização começa e termina no barulho, na poluição e na agitação citadinas, estão enganadas. Muito enganadas. Claro que viver em Lisboa tem as suas vantagens, está-se perto dos melhores eventos, dá para sair à noite e voltar de táxi, aliás, nem sequer vou discutir isso. É uma questão de gosto. Mas para mim não dá. Nem quando estudei na Clássica me quis mudar. Apesar da insistência dos meus pais, preferi enfrentar, durante quatro longos anos, o terror dos transportes públicos, do que o cinzento da cidade. Nunca trocaria a qualidade de vida que tenho em Sesimbra, a 35 Km da capital, por nada deste mundo. Estou suficientemente perto para ir a um concerto, jantar fora, ir ao Lux. E suficientemente longe para viver num sitio paradisíaco com uma qualidade de vida muito acima da média. Praia, ar puro, um ambiente saudável, segurança, bom peixe, beleza natural, monumentalidade, proximidade e simpatia, sobejam por estes lados. E são essenciais para a minha felicidade. Não quero viver num prédio gigante em que as pessoas não se conhecem, nem dormem com receio de ser assaltadas. Não quero estar no sitio em que sair à rua significa entrar na "confusão geral", com trânsito caótico e ruído. Agora, não sou intelectualmente menos evoluída por isso, nem tenho os meus gostos influenciados. Antes pelo contrario. O bom ambiente favorece-me a mente [rimou e é verdade].
Começo acreditar que a poluição derreteu os neurónios de algumas pessoas. Por isso, perdem tanto tempo a debitar inutilidades. Espero que tenham entendido. Adorava, com esse "modernismo" todo, ver-vos  a fazer algo construtivo, evoluído, à altura de tão brilhantes e sofisticadas alminhas. Depois contem-me, a ver se aprendo alguma coisa. E, já agora, parola é a vovozinha. Tenham um dia feliz. 

1 comentário :

  1. Nossa, concordo com tudo o que você disse.
    E também nem imaginava que você passava por esta situação.
    Eu deixei de cursar moda na capital do Pará onde moro, por não abrir mão da minha pacata cidade. Poder ver meu filho crescer com tranquilidade, não há quem pague isto.
    Apoio você e seu blog querida.
    Dá uma passadinha no meu blog quando puder: Sexo, Fraldas e Rock'n Roll
    Bjs ***

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