terça-feira, 8 de março de 2016

Dez Coisas que Deve saber sobre Marrocos

(Foto: Wolf at The Door, e sim, aquela de lenço vermelho sou eu)


1. A moeda oficial é o Dirham marroquino e a cotação em relação ao euro é de €0,092. Ou seja, um euro equivale, sensivelmentes a onze Dirhams e sai mais barato levantá-los no multibanco do que trocar nas lojas de câmbio, porque as taxas são elevadas.

2. Regra geral, tudo é regateável menos a comida. Não se fiem na regra de o bom negócio ser comprar algo por metade do preço pedido inicialmente, porque cheguei a comprar muitas coisas por um décimo. O melhor mesmo, é fazerem o trabalho de casa e pesquisarem o preço médio dos produtos na net. 


3. Casais de namorados que dormem juntos, não são bem vistos, sobretudo no interior do país. Uma forma de contornar a questão, é levarem uma aliança “casarem-se” durante a viagem e pedirem o “divórcio” no aeroporto. Na Medina, não deve custar mais de cinquenta cêntimos. Assim, evitam perguntas e olhares indiscretos. Palavra de #lobo.

4. Dormir no Sahara, tal como expliquei aqui, não é um bicho de sete cabeças nem custa uma fortuna arabesca [passo a piada fácil]. Com alimentação e viagem de camelo fica em cerca de € 65, e no campus da tenda existe casa de banho, e limpinha. Mariquices. 


5. Muito cuidado com as pessoas "simpáticas" que se oferecem para vos dar algum tipo de "ajuda". A maior parte delas, [senão todas], só quer dinheiro. À primeira vista pode não parecer, mas cuidado antes de aceitar as informações. Ao fim de cinco minutos, há uma mão estendida à vossa frente, e vão-se sentir na obrigação de abrir os cordões à bolsa, mesmo que não queiram.

6. Muitos turistas vão a Marrocos, propositadamente, para comprar óleo de Argan, o verdadeiro ouro negro da região. Não comprem nas ruas, porque é falso. O melhor mesmo, é fazerem-no na região do Atlas entre Marraquexe e Essauira, numa cooperativa certificada, como esta, onde comprei o meu. Um litro custa cem euros, um sabonete oito e os produtos para o cabelo cerca de trinta o frasco. Não é barato, mas é bom e de confiança.  E se regatearem, podem obter até 20% de desconto. 

7. As Riads (alojamentos tipicamente marroquinos, transformado em pequenos hotéis), são o sítio mais característicos, mais perto das medinas, e com a melhor relação qualidade/preço. Em condições normais, um quarto duplo com pequeno-almoço não deverá custar mais de dez ou onze euros por pessoa/noite. 


8. Apanhar um táxi, mesmo para uma distância curta, pode ser uma dor de cabeça. Tentam levar uma fortuna mesmo para curtas distâncias. E entrar sem regatear é uma grande asneira porque a conta vai sair cara e os taxistas marroquinos não usam o contador. O ideal é perguntarem pelos preços nos hotéis, mas um trajecto de três ou quatro quilómetros, nunca deve ser superior a um euro (onze dirhams). 

9. Visitar o país sem um Lonely Planet actualizado não é boa ideia. É comprovadamente o melhor guia de viagens do mundo. O alojamento, os restaurantes, os conselhos práticos sobre saúde, legislação, etc., são mesmo para levar a sério. Vão poupar um monte de dinheiro e de chatices.


10. Regra geral, a gastronomia é maravilhosa, mas tenham muita atenção aos sumos de fruta que possam levar água da torneira. Tenham à mão um kit de farmácia bem apetrechado e passem na medicina do viajante, porque, em caso de intoxicação, vai ser muito menos agressiva. Sei do que falo, porque ia morrendo de gastroentrite nesta última vez. 

Tenham estes conselhos em atenção e sejam tão felizes como nós fomos [e somos]. 

(Fotos: Wolf at The Door)

2 comentários :

  1. Bela viagem. vou este ano a Marraquexe. Obrigada pelas dicas loba, Ana M.

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  2. Adorei. És a maior. Ju Lima

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