(Foto: Wolf at The Door)
Nós
não sabíamos, mas o Sri Lanka é como Paris: “Sempre uma boa ideia”. Quando
começámos a planear as férias, e porque, após um ano super agitado, estávamos
a precisar de um merecido descanso a dois, as Caraíbas encabeçavam a lista de opções. Cuba
ou a Riviera Maya, eram, de facto, os destinos de eleição, mas os preços
inflacionados, levaram-nos a seguir o conselho do meu irmão e optar pelo Sri
Lanka.
Uma vez que esta seria a minha quinta vez na Ásia, a expectativa não era
propriamente elevada, apesar das maravilhas que havia lido no Lonely Planet.
Paisagens de cortar a respiração, sítios arqueológicos classificados como
Património da Humanidade, a mais bela linha de comboio do mundo, praias paradisíacas,
uma gastronomia de topo, estes eram os ingredientes que a antiga ilha de Ceilão,
também apelidada, por Luiz de Camões, como “Taprobana”, prometia. As duas
semanas que tínhamos de férias não nos permitiriam ver o país inteiro, pelo que
optámos por deixar a zona de Jaffna, no Norte do país, berço da guerrilha dos tigres tamil,
fora do plano de viagem.
Assim, seleccionámos o seguinte circuito:
Dia 1 – Colombo: A Capital do Sri Lanka, e apesar de manter a "graça" típica de uma antiga cidade colonial, não é propriamente o mais belo local do mundo inteiro, e, na minha modesta opinião, num dia está vista. Foi exactamente o que fizemos. Aterrámos perto da hora de jantar, dormimos a primeira noite em Colombo por uma questão de adaptação ao fuso horário e ao clima, e partimos, no final do dia seguinte, para Dambulla. Uma vez que não tínhamos muito tempo, optámos por seguir o conselho do Lonely Planet e visitar os principais vestígios da ocupação holandesa, como o Old Dutch Hospital e o Dutch Museum. Almoçámos, calmamente, no “T-Longe by Dilmah", onde tivemos oportunidade de provar o “finest” chá de Ceilão, fizemos umas comprinhas na "Barefoot", loja de artesanato tão maravilhosa que terá direito a um post, e, no final do dia, partimos, de autocarro, para Dambulla, no centro-Norte do país.
(Colombo)
(Dambulla Caves)
(kandy)
(Millenium Elephant Foundation)
(Kitugalla)
(Horton Plains - World´s End)
(Comboio entre Nwara Ellya e Ella)
(Little Adam´s Peak)(Ella)
(Newburgh Green Tea Factory)
Dias 11 a 15: Safari no Udalawawe
National Park, Whale Watching, Mirissa e Galle. Após quase duas semanas a viajar, de transportes públicos, estávamos genuinamente cansados. Por isso, e porque já temos experiência
de outras viagens, o nosso roteiro foi concebido de forma a que
pudéssemos passar os últimos dias a descansar nas fabulosas praias do Indico.
Mas não sem, antes, fazermos aquela que, para mim, foi a experiência top de toda
a viagem: O Safari em Udalawawe National Park, o qual é considerado o melhor do mundo
para ver elefantes, superando os africanos. Felizmente, tivemos a sorte
de ficar numa Guest House maravilhosa, onde nos arranjaram um guia excepcional.
O preço do safari com o jipe fica em menos de trinta e cinco euros por pessoa, o que é realmente barato, até porque a experiência foi
excepcional. Vimos elefantes, búfalos, coiotes, pássaros de mil e uma cores,
águias, crocodilos, tartarugas, pavões, pelicanos, papagaios. Os níveis de
adrenalina dispararam ao máximo, quando um elefante macho, adulto, investiu em
direcção ao nosso carro e tivemos que fugir, o que originou mais uma história
para contar. A chegada a Mirissa deu-se após quatro longas horas de autocarro
público. Conhecida por possuir as mais belas praias "desertas" do Sri
Lanka, a nossa expectativa era enorme, e foi amplamente superada. Areais brancos a perder de vista, invadidos pela selva, ondas maravilhosas para o surf, que fizeram as delícias do meu Amor, corais, peixes de mil e uma cores, agua cristalina de um azul "Maldivas". Tivemos a sensação de ter encontrado o paraíso perdido. Dezembro e Janeiro, são os melhores meses do ano para a observação de baleias azuis nesta parte da ilha, pelo que não quisemos perder a oportunidade, e, apesar de a viagem de barco ter a duração de seis horas, valeu a pena, até porque vimos seis destes lindíssimos gigantes marinhos. De cortar a respiração, meus 5.75 leitores, e, posso dizer-vos, que o aspecto mais impressionante, é o barulho do esguicho da baleia. Parecia que estávamos dentro do filme da "Moby Dick". Inesquecível. O Sri Lanka é um país com tantos encantos, tantas boas experiência, que, para o final, reservou-nos uma despedida em grande: A cidade de Galle. Fundada pelos portugueses no século XVI, foi a antiga capital da ilha de Ceilão. Ocupada pelos holandeses no século XVII, a sua arquitectura fortificada, reflecte este vincado legado colonial, o que a transforma num sítio de uma beleza única e excepcional. Fiquei absolutamente encantada com as ruas, as pessoas, os cheiros, a comida. Foi um "Até Já" em grande a esta verdadeira pérola da Ásia, que vai ficar, para sempre, no coração, como uma das viagens mais felizes da minha vida, feita ao lado daquele que é, não só
a minha cara metade, mas a melhor parte de mim.
PS - Se procuram um destino em conta, seguro, com paisagens de cortar a respiração e experiências únicas, o Sri Lanka é, sem dúvida, o vosso destino. Palavra de #lobo.
PS - Se procuram um destino em conta, seguro, com paisagens de cortar a respiração e experiências únicas, o Sri Lanka é, sem dúvida, o vosso destino. Palavra de #lobo.
Fotos: Wolf at The Door
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