(Foto: Wolf at The Door)
De uma forma
ou de outra, todos nós já sonhámos visitar as sete maravilhas do mundo, e o
#lobo não é excepção. Confesso que ainda não conheço todas, mas estão na minha
lista. No entanto, já tive a oportunidade de ver algumas, experiência que partilho, agora, convosco meus 5.75 leitores, nomeadamente o dia em que visitei
o Taj Mahal, em Agra, Índia.
A viagem
para Agra foi feita de comboio, em segunda classe, siter places,
que e o mesmo que dizer que viajamos numa carruagem sem vidros nas janelas
ou ar condicionado, que não deveria ser limpa desde que o Ghandi expulsou os
ingleses da Índia. Afinal, por 80 rupias [pouco mais de um euro], o que se pode pedir por uma viagem de 4 horas? Se,
ao início, as famílias indianas que nos acompanhavam olhavam para nós com um ar
um pouco desconfiado, ao final de uma hora, já nos estavam a pedir para tirar
fotos com os filhos ao colo. Não fossem os milhares de insectos que entravam na
carruagem, sempre que o comboio parava, e a viagem teria sido perfeita, uma
vez que a simpatia e a hospitalidade indiana se demonstraram inigualáveis.
(O meu irmão com a criancinha indiana no comboio para Agra. Foto: Wolf at The Door)
E foi desta forma que chegámos a Agra, a mítica cidade do Taj Mahal. Logo após o chek in no hotel, em que cedo concluímos que a higiene iria
ser um problema, dado as torneiras da casa de banho terem sido comidas pelo
calcário, mal dando para abrir, e os lençóis lavados pela ultima vez em
simultâneo com a carruagem do comboio, a nossa primeira preocupação foi comprar
bilhetes para o Taj, ja que não queríamos perder o nascer do Sol no seu
interior. Após alguma gesticulação, la compreendemos que os bilhetes
deveriam ser comprados num local diferente do complexo do monumento, e, as
6.00 h em ponto, no momento da abertura das portas, la estávamos nós, a
usufruir da beleza e magia de uma das mais espectaculares das “7 Maravilhas do
Mundo Moderno”. Construído
entre 1630 e 1652, o Mumtaz Mahal, mais
conhecido como Taj Mahal, foi edificado pelo imperador Shah Jahan, como túmulo
da sua amada esposa Mumtaz, após a sua morte, aos 39 anos, durante o nascimento
do décimo quarto filho. Dizem as cronicas que o imperador ficou devastado pela
morte da esposa, tendo ele próprio desenhado a construção, para ser simétrica
de todas as perspectivas. Sem qualquer erro ou falha na decoração, após 22 anos,
a obra ficou concluída, tendo o imperador cortado as mãos a todos os
trabalhadores que nela participaram, para que nunca algo de tão belo pudesse alguma
vez ser edificado.
A nossa
visita ao Taj Mahal foi mágica, única e impossível de contar por palavras. De mencionar
que estávamos tão cansados que acabamos por nos deitar no chão do complexo e adormecer, sendo que, quando acordámos, tínhamos uns indianos muito admirados a
tirar fotos nossas. Deve ter sido a primeira vez que viram sem-abrigo brancos.
(Fotos: Wolf at The Door)
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