Aviso desde já, meus 5.75 leitores que o Lobo não é grande fã de pastéis de nata. Mas sei que é um importante símbolo da gastronomia do nosso país. Em Macau e na Expo Shangai achei-me no dever de comer um “Egg Tart”, só para não parecer mal. E, muito sinceramente, os chineses conseguem o brilharete de fazer uma versão pior do original, já que a receita oriental, não passa de uma base se massa folhada recheada com uma espécie de pum flan manhoso.
Contudo, o caso muda de figura quando se fala dos famosos “Pastéis de Belém”. É que não estamos a falar de um simples “Pastel de Nata”, mas sim de um doce conventual com origem em meados do século XIX. Possuindo um sabor único, foi criado pelos Monges dos Jerónimos, os quais, após a revolução liberal de 1820, em que o clero começou a ser perseguido, vendiam-no para sobreviver.
Desde 1837, a receita permanece
em segredo, sendo transmitida somente aos mestres pasteleiros que os produzem artesanalmente
na “Oficina do Segredo”. Esta famosa iguaria apenas pode ser adquirida na Casa dos Pasteis de Belém , em Lisboa, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, e que julgo
dispensar mais apresentações.
Vale a pena enfrentar a multidão
só para trincar um destes docinhos a fumegar.
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