Tal como os meus 5.75 leitores sabem, sou uma fã incondicional da arte de “bem-comer” e existem poucos restaurantes, [que eu possa pagar], que me façam, realmente, feliz. Sobretudo os que servem comida portuguesa. Sempre que experimento um novo spot, vou de pé atrás porque, regra geral, a conta não condiz com a [falta de] qualidade da refeição. No entanto, quando experimentei, pela primeira vez, a Taberna da Rua das Flores, fiquei totalmente apaixonada: A comida tradicional portuguesa ganhou, finalmente, uma nova vida.
Situado num espaço único, já que recria, literalmente, uma antiga taberna, bem no coração de Lisboa, este é, sem dúvida, o restaurante mais singular que já experimentei nos últimos tempos. Nada foi deixado ao acaso. A decoração alude às pequenas pérolas da cultura popular portuguesa, tal como o “Zé Povinho”, a loiça de Sacavém, ou a mítica cerveja “Sovina”, e não pensem que o menu é dado em papel, naaa.
Está escrito a giz num quadro de ardosia, e só se comem os pratos frescos do dia que são, na verdade, inspirados na comida tradicional das tabernas, na versão Nouvelle Couzine. Iscas à portuguesa, sandes de sangacho, moreia frita, pataniscas, são algumas das iguarias que fazem parte do menu. Sou, também, fã do picadinho de carapau, em jeito tártaro, da posta de corvina marinada, da farinheira com ovo, da meia desfeita de bacalhau e das iscas, as melhores que já comi em toda a vida.
Os ingredientes são de elevadíssima qualidade, e todos comprados directamente ao produtor. Este, bem como a redução da oferta da Carta em função dos produtos da época, são os segredos do sucesso da “Taberna”. O preço médio ronda os doze euros por pessoa e, se quiserem um conselho de amigo, o melhor é marcarem [no local] com algumas horas de antecedência, porque as filas são intermináveis. Experimentem e escusam de agradecer porque sei que vão amar. Palavra de #lobo.
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