(Foto: Wolf at The Door)
Todas as manhãs me levanto super cedo. Normalmente, pelas 6.30h, já estou de pé a preparar os posts que vou publicar ao longo do dia. Ontem, quando liguei o facebook para partilhar o primeiro, eis que vejo uma ligação postada pela minha prima Anita: Tinham acabado de colocar bombas no Aeroporto de Bruxelas. Abro a página da BBC, e outra notícia de última hora: Atentado na estação de metro do Parlamento Europeu. Sabia que o meu irmão e a namorada iam, por estes dias, voar de Londres para Itália.
E fiquei com medo que este fosse só o primeiro de
vários actos terroristas pela Europa fora. Liguei o Whatsupp e a Gabi lá me
descansou, e explicou que o meu irmão já estava em Itália, e que ela se iria
juntar em dois dias. “Tenham cuidado, Londres é uma bomba Relógio”, adverti.
Não queria lançar o pânico, mas, aquelas imagens, horríveis, de pessoas ensanguentadas,
a correr no meio dos escombros, mexeram comigo. Foi mesmo aqui ao lado. Digam o
que disserem, sua grande cambada de hipócritas, se fosse um aeroporto a
estoirar no Burkina Faso, ninguém iria perder mais do que trinta segundos a
olhar para a TV. Como foi mesmo aqui ao lado, estamos todos chocados. E
confesso que eu não sou muito diferente Tenho familiares diretos a viver em
Londres e a viajar constantemente de um lado para o outro. E se acontecer
alguma coisa? Os cabrões do Estado Islâmico, por momentos, levaram a melhor:
lançaram o pânico, e fizeram-nos ter medo. Medo de sair de casa, medo de andar
de metro, medo de viajar, medo de perdermos aqueles que mais amamos. Medo de um
dia ser connosco, e não, apenas, com os outros.
Mas, a verdade, é que, cada vez que tivermos este sentimento, eles vão estar a
ganhar. Cada vez que olharmos para trás do ombro, com desconfiança, eles vão
estar a ganhar. Cada vez que formos de férias para a “Praia da Oura”, e não
para Paris, eles vão estar a ganhar. Por isso, chegou a altura de dizer a esses
“Filhas da P*ta#: Não nos rendemos. Não vamos deixar de fazer as nossas vidas,
e de viver com medo, só porque se estão a armar no buller lá da escola. E, ainda para mais, de forma cobarde, já que
o fazem pela calada. Vamos esperar que os donos
do mundo resolvam esta situação, e que o EL, desapareça de vez. Até lá, só nos resta não ter medo.
Parabéns loba, excelente crónica.
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