O meu irmão voltou para Londres. Foram nove dias que passaram a correr. Rimos, passeámos, comemos à grande, pusemos a conversa em dia, passamos grandes momentos, mas, ontem, tive que o ir devolver ao terminal da saudade. Para não variar, estava cheio de lágrimas e de famílias desfeitas. Poucos eram os rostos felizes, tirando as excursões de velhinhas, de mala em riste, todas contentes por irem passar o Réveillon à ilha do Alberto João. Por um lado, estou reconfortada, porque sei que ele é realmente feliz em terras de Sua Majestada. Por outro, estou agoniada porque ignoro quando nos vamos voltar a ver. Valha-nos o Skype e o consolo de acreditar que os idiotas que afundaram o país, e que obrigaram milhares de tugas a emigrar, tenham um lugar bem guardadinho na choldra de Évora.
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