Ora bem, começaram a dar-me tiques de
novo riquismo. Despertados por uma
reportagem que deu na TV, intitulada: “Depois de pagar os 20% de imposto ao [chulo
do] Estado, como estoirar
a guita do euromilhas?”. Agora é que me tramaram. Eu que sou um Lobo pelintra,
sempre a contar tostões, vi-me, de repente, a pensar no que faria com 150 milhões de herois. [Escusam de refilar porque eu sei fazer contas. Só que, entretanto, já paguei o imposto aos larápios das finanças]. Se me saíssem os ditos, e depois de
recomposta do susto de me ter tornado dondoca [e] fútil de carteirinha, agarrava na
minha mãezinha e íamos para Londres “varrer à moda antiga”. Jimmy Choo,
Chanel, Hermés, Moschino, Louboutin, Dior. Era à vontade do freguês. Já que
estava pelo UK, aproveitava e fechava o hotel mais caro da cidade para
ouvir os Radiohead a darem um concerto só para mimmmmmm. Depois, separava um
dinheirinho para orientar a vida dos que me aturam todos os dias, e de cara alegre,
punha o resto do Chuchu a render num
banco fora do país [não
fosse o diabo tece-las],
e, sabem o que fazia a seguir, meus amores: NADA. Literalmente NADA. Vivia de
juros, dedicada à grande causa da futilidade, a viajar, e a apoiar projetos de
solidariedade social. Ahhh, mas há uma boa noticia: Se eu, daqui a umas horas,
ficar podre de rica, não vou deixar o blog. Antes pelo contrário. Vou fazer do
Lobo o espaço mais fashion da
blogosfera [ou aqui da rua]. E também vou arranjar um ecran gigante para cravar no Terreiro do Paço, a passar, em loop, o filme: "Entrevista com o Vampiro". Porquê? Porque o dinheiro é meu e faço dele o que bem entender. E vocês, meus queridos 5.75 leitores, o que fariam se ficassem como o Vale e Azevedo, só que na versão honesta?
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