Tal como
vos havia dito, e fui colocando, em directo, algumas imagens no Facebook e
no Instragram do Blog, o Lobo marcou presença na 20ª Edição do
“Super Bock, Super Rock”. Como festivaleira convicta, estive lá nos três dias,
mas, como dizia o outro, por motivos de ordem diversa e variada, não consegui
ver todos os concertos [aliás, alguém consegue sem cortar um pulso?]. Quando olhei para o cartaz, e o
comparei com o de outros festivais congéneres, nomeadamente o “Alive”,
pensei: “Fraquinho, muito Fraquinho”. No entanto, houve boas e más surpresas,
e, em geral, gostei bastante do que vi. Um ponto muito positivo foi a evolução
do recinto, comparativamente às edições anteriores. O estacionamento e os
acessos estão melhor organizados, há menos pó e mais espaço, o que faz como que
o sentimento: “sardinha em lata empoeirada”, seja coisa do passado.
No
primeiro dia, o concerto de “Massive Attack” foi uma seca à moda antiga. Se já
não gostava muito dos senhores, confesso que passei a não os suportar. Já
cheguei tarde, por isso perdi parte dos concertos, nomeadamente o de Million Dollar Lips, que adorava ter visto. O dia foi salvo pelos “Disclosure”. Os
manos Lawrence deram uma lição de rock
dance, acompanhada por um espectáculo de luzes e imagem ao jeito de
“Chemical Brothers”. Nem a paragem forçada de cinco minutos arrefeceu o
público, e foi, sem sombra de dúvida, o grande momento da noite.
O dia
dois do festival foi marcado pela chuva e por uma série de incidentes.
Primeiro, a chuva durante o concerto de “Legendary Tigerman”, depois a árvore
que caiu na zona da restauração, e, finalmente, o atraso de “Cat Power”, que
fez com que o festival estivesse mais de uma hora sem música. Salvou-se o
concerto de “Capicua” e de “WoodKid” [não foi consensual, mas eu gostei]. O
Eddie Vedder começou a tocar depois das duas da matina, e, muito sinceramente,
nunca mais se calava. Eu que sempre fui fã de “Pearl Jam”, [e note-se
que deve ter tocado umas sete músicas da banda], confesso que não tenho
saco para um concerto acústico num festival de Rock. Apesar de não ter
desiludido os fãs, que certamente deram por bem empregue o dinheiro do bilhete,
achei o espectáculo totalmente desenquadrado do espírito da coisa. No entanto,
papei-o até ao fim, e vinguei-me na tenda electrónica até às cinco da matina.
Depois
destas andanças, [e porque a idade não perdoa], ao terceiro dia, o Lobo já
estava um bocadinho acabado. No entanto, o melhor ficou mesmo para o fim. Os
“The Kills” são uma banda brutal. A vocalista, Alison Mosshart é um verdadeiro
“animal de palco” e, no seu jeito meio provocador, deitou fogo ao Super Bock.
Seguiram-se uns senhores de respeito: “The Foals”. As saudades que eu já tinha
de um British Rock á séria. Deram um grande, grande espectáculo.
Puseram o Meco em brasa e deixaram o público em delírio. Entretanto, já tinham
entrado em cena duas personagens de peso: Um
gangster e um cangalheiro. Estavam em palco os “Dead Combo”. Num ambiente
de penumbra, a puxar ao tétrico, elevaram-nos com a sua música. Da parte que me
toca, este era o concerto mais esperado do festival, e adorei. Para terminar em
grande, os “Kasabian”. Se o Meco já estava em brasa, começou a arder. Tocaram
todas as que o meu povo gosta, e interagiram com o público como uma verdadeira
grande banda. O tempo de “meninos tímidos” já lá vai. Fecharam com chave de
ouro os vinte anos do “Super Bock, Super Rock”.
Este pode
não ter sido o cartaz mais brilhante de sempre, nem tão pouco o mais ambicioso.
Mas gostei muito. As condições do recinto e as acessibilidades estão cada vez
melhores. Passou música de grande qualidade no Meco. O ambiente de festa foi
uma constante e a organização esforçou-se para que todos passassem um grande
momento. Para o ano contem com a presença do Lobo Festivaleiro.
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